Este espaço é desaconselhável a menores de 21 anos,
porque a história de nossos políticos
pode causar deficiência moral irreversível.

É a vida de quengas disfarçadas de homens públicos; oportunistas que se aproveitam de tudo e roubam sem punição. Uma gente miúda com pose de autoridade respeitável, que engana o povo e dele debocha; vende a consciência e o respeito por si próprios em troca de dinheiro sujo. A maioria só não vende o corpo porque este, além de apodrecido, tem mais de trinta anos... não de idade, mas de vida pública.


domingo, 4 de março de 2012

Dê apoio à sua própria situação


Esse tipo de confronto que tem havido entre os militares da reserva e o Governo tem um significado bem maior do que pode parecer, pois, ao dar apoio aos militares, estaremos dando apoio a nós mesmos.


Em seu artigo  CADA LADO QUE SEGURE OS SEUS RADICAIS, parece que o jornalista Carlos Chagas está tão anestesiado que chega a se  igualar à maioria da população ignorante brasileira.  O artigo completo está mais abaixo.

Foi criada uma situação que desmerece as Forças Armadas, o que jamais poderia ocorrer,  por conta de um bando que está destruindo também os valores da nossa sociedade.


Por todos esses anos, os militares foram obrigados  a 'engolir sapo' em público, sempre apontados como inimigos.  E foram aceitando calados.


Como essa prole que emergiu da lama já inverteu a situação, deveriam ficar quietos e parar de humilhar os defensores da União, constantemente taxados de torturadores, mesmo depois de tanto tempo e da anistia. Mas, não.  Talvez para mostrar "agora quem manda somos nós", evocam a toda hora os erros cometidos na época da ditadura.
 
 
Ao comprar a classe mais pobre, a um baixo preço de promoção, essa gente que se apoderou do poder se julga com todos os direitos e se acredita incólume.


Enquanto os militares não se revoltarem contra a atual situação - e espero que continuem - mais fortes eles se acreditarão e veremos um populismo, enganador como todos são,  se implantar definitivamente.


Não enxerguem apenas um curto espaço: o  limite de suas vidinhas. Se acham  que já viveram o suficiente e nem vale mais a pena lutar por alguma causa, pense no Brasil em que viverão seus filhos e netos.


É HORA DE AGIR,
ANTES QUE SEJA TARDE

 

CADA LADO QUE SEGURE OS SEUS RADICAIS 
Carlos Chagas


No olho do furacão da tentativa de abertura promovida pelo então  presidente Ernesto Geisel, com agentes do próprio governo jogando bombas e queimando bancas de jornais  e livrarias, enquanto a oposição  denunciava torturas, o chefe do Gabinete Civil, Golbery do Couto, chamou o secretário-geral  do MDB, Thales Ramalho, fazendo um apelo:   “vocês seguram os seus radicais e nós seguramos os nossos”.
                                             
Deu certo, apesar dos obstáculos e dificuldades que se projetaram no governo seguinte, do general João Figueiredo.
                                             
Por que se lembra o episódio? Porque a hora seria de aplicação da mesma receita, na tertúlia verificada entre militares e o governo em torno da  Comissão da Verdade.  Fora disso a temperatura subirá (já começo a sentir frio). Depois do manifesto dos presidentes dos três clubes militares contra duas ministras do governo e  de sua retirada do site por determinação de  Dilma Rousseff, em seguida ao aparecimento de um novo  manifesto assinado por 96 oficiais, entre eles 13 generais, protestando e até agredindo as  ministras e a própria presidente, surge novo capítulo explosivo: a entrevista do general (da reserva) Rocha Paiva ao Globo de ontem.   Se ainda não foi, o militar está para ser punido por insubordinação, já que sugere a convocação da própria Dilma para explicar sua participação como integrante da VAR-Palmares no atentado a um quartel de São Paulo, quando foi assassinado o sentinela  Mário Kosel .
                                             
Daí para diante, se não houver o refluxo dos radicais, virá o imponderável. Não se imagine o confronto restrito aos militares da reserva. O mesmo sentimento é partilhado pelo pessoal da ativa, preservado da publicidade  por conta dos regulamentos castrenses. Como estarão analisando a situação os comandantes das três forças, ainda que obrigados a advertir seus próprios camaradas? Suportarão até que ponto esse instável equilíbrio, mesmo até agora  engolindo sapos em posição de sentido.
                                             
Algumas premissas devem ser lembradas. Houve tortura, barbaridades foram praticadas pelos agentes da lei, durante a ditadura militar? Sem dúvida, assim como do outro  lado registraram-se assassinatos, sequestros, assaltos e justiçamentos.
                                             
Só havia uma solução para o conflito: a anistia, afinal aprovada pelo Congresso, significando imenso sacrifício para as duas partes em choque, mas única em condições de promover a volta à democracia. Esquecer, ninguém esquece o passado,  mas faz-se de conta,  em prol do futuro.
                                             
Justa, mas perigosa,  foi a criação da Comissão da Verdade, agora, pelo Legislativo.  Sua  finalidade é a  identificação dos envolvidos nos montes de crimes perpetrados à sombra do poder público nos anos de chumbo. Do outro lado também,  porque qualquer denunciado  fundamentará sua defesa  citando exemplos da ação adversária.
                                             
Agora, rever a Lei da Anistia e abrir processos de punição aos culpados de décadas atrás  equivalerá a um suicídio nacional. Nessa hora é que os radicais de lá  e de cá devem ser contidos. Desde o general que sugere a convocação da presidente Dilma à Comissão da Verdade para explicar o atentado promovido pela  organização clandestina  a que pertencia,  até o promotor  da Justiça Militar, Octávio Bravo, que defende  a suspensão da Anistia e a condenação  dos implicados na tortura e no desaparecimento dos corpos de Rubem Paiva, Mário Alves, Stuart Angel Jones, Carlos Alberto Soares de Freitas e quantos mais?
                                                      
Continuando as coisas como vão, ninguém deve duvidar até da possibilidade de a situação  passar da retórica a ações de outro tipo. Por tudo,  vale o conselho  antigo: cada lado que segure os seus radicais... 


Um comentário:

  1. O jornalista Carlos Chagas se equivoca pois o general entevistado não disse de se convocar a presidente mas fez uma comparação com a pretenção da Comissão da Verdade - portanto, as verdades estão sendo desviadas e mal interpretadas - o que é mal para ambos os lados. Achei a entrvista do gen. Piva bastante equilibrada diante da atitude perniciosa da ex-agitadora(será?) e atual jornalista Miriam Leitão. - João Roberto Gullino/Petrópolis/RJ

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