Este espaço é desaconselhável a menores de 21 anos,
porque a história de nossos políticos
pode causar deficiência moral irreversível.

É a vida de quengas disfarçadas de homens públicos; oportunistas que se aproveitam de tudo e roubam sem punição. Uma gente miúda com pose de autoridade respeitável, que engana o povo e dele debocha; vende a consciência e o respeito por si próprios em troca de dinheiro sujo. A maioria só não vende o corpo porque este, além de apodrecido, tem mais de trinta anos... não de idade, mas de vida pública.


quinta-feira, 4 de abril de 2013

Qual é o verdadeiro carisma brasileiro?


 
 
Uma analise do carisma - Afinal de contas, o que é carisma?! - Mario Guerreiro (22.09.2010) - Artigo completo no blog DIPLOMATIZANDO
 
Mario Guerreiro faz uma análise muito interessante da palavra carisma. 
 
A palavra carisma teria dois significados: o inicial, em que  Charisma teria origem grega, onde o cristianismo primitivo consideraria essa palavra como sendo uma graça, um dom divino  
 
Em outra situação, Max Weber teria sido o primeiro indivíduo a encompridar o sentido da palavra carisma. Para Weber, carisma passou a ser uma qualidade excepcional, tanto real quanto imaginária, que teria  um sujeito  capaz de exercer influência e liderança sobre determinado grupo de indivíduos.
 
Weber não usou o signficado teológico, original do termo. Usou a concepção laica da palavra carisma.  Se para a explicação religiosa seria necessário que Deus ofertasse uma excepcional qualidade a algum ser para que se dissesse ter ele carisma, para Weber bastaria que ele possuísse capacidade de liderança, o que pode ser praticado tanto para o bem quanto para o mal e pode ser mais direcionado a um determinado tipo de pessoas, embora não funcione com todos.  Bastaria que o indivíduo soubesse se aproveitar da sua capacidade de conduzir, persuadir, inflamar algum grupo de pessoas para onde quisesse, fosse para onde fosse.
 
 
“... no mundo contemporâneo há uma valoração positiva da expressão “líder carismático”, como se uma liderança carismática fosse sempre uma algo positivo, unicamente conduzindo um grupo maior ou menor de indivíduos à prática do bem.”
 
Por uma questão de lógica, apenas os indivíduos muito espertos saberiam se aproveitar de uma qualidade sua para se impor, mesmo que o fizesse  acima de pessoas mais limitadas.  Em seu artigo,Mario Guerreiro  diz que a astúcia não seria uma qualidade positiva nem negativa, pois  tudo dependeria de quem ou com qual objetivo ela fosse empregasse  ("se a empregar para se defender de quem preparou uma armadilha ou para passar a perna nos outros").
 
As características de um ser carismático estariam no seu  poder de comunicação, de persuasão e liderança  ou tudo dependeria do tipo de gente  que seriam seus liderados?  Quem lidera um grupo de pessoas  menos inteligentes ou com poucas informações seria capaz de liderar um outro grupo totalmente diferente?
 
Afirma Mario Guerreiro que um verdadeiro líder carismático não finge ser uma personalidade que nunca foi, como se estivesse representando para uma platéia, embora, dependendo de sua doença, algumas pessoas até acreditem no papel que estão representando naquele momento, o que não deixa de ser de grande ajuda para quem pretende encaminhar ou desencaminhar os outros.
 
“... ser carismático não é nenhuma virtude ética, limita-se às capacidades de persuasão e liderança. Tais capacidades, como já vimos, dependem muito do reconhecimento e do acolhimento dos liderados que se identificam com o líder.
 
... não só os anseios e as expectativas, mas também a especial mentalidade da platéia é que fazem de alguém um verdadeiro líder carismático.
 
O  escritor faz referência a diversas pessoas consideradas carísmáticas e outras não. Dentre elas, como não poderia deixar de aludir, fala sobre o ex-presidente  L---, que já perdeu quatro eleições antes de se tornar presidente, lembrando que dizem ser ele  a “cara do povo (do povo brasileiro, é claro!). Como  disse Mario Guerreiro em seu artigo, ser a cara-do-povo (do povo brasileiro!) é  o mesmo que “ser semiletrado, bravateiro, orgulhoso de seu despreparo e ignorância, matreiro, fiel seguidor da “Lei de Gérson”, manipulador, inconseqüente, emissor de chavões esquerdistas e abobrinhas de apedeuta, cara-de-pau, amante de mordomias y otras cositas mucho más malas..."
 
Nos cabe fazer mais uma pergunta?  
O verdadeiro carisma brasileiro não seria a oferta de parcas "benesses" (com o dinheiro dos outros)  
ao invés de uma característica?
 
 
“... a democracia é uma aristocracia de pilantras?”
(Lorde Byron).  
“... a democracia não passa de uma ficção estatística?”
(Jorge Luis Borges).  
“a democracia corre sempre o risco de se transformar
 numa ditadura da maioria?
(Tocqueville).
 
 

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